ASSUSTADOR: Assassinato brutal em SC envolveu ritual, traição, mortes conectadas e tráfico de drogas
15 de Dezembro de 2021


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Após sete meses do assassinato brutal de Renan Kalbush, de 21 anos, a Polícia Civil de Rio do Sul concluiu as investigações do caso. O inquérito é assustador e revela mortes interligadas, ritual, tráfico de drogas e uma amizade desfeita.

 

No mês de maio, o caso chocou a região do Alto Vale do Itajaí, depois que o próprio pai encontraou partes do corpo do filho dentro de uma mala no Rio Itajaí-Açu.

 

 

De acordo com a polícia, Renan teria sido assassinado por Rafael Fachner, de 23 anos, por conta de uma briga envolvendo drogas. O jovem teria praticado o crime junto com outro colega, um adolescente de 17 anos. A grande reviravolta do caso está no fato de Rafael, indicado como o principal suspeito da morte de Renan, ter sido assassinado cerca de cinco meses depois.

Segundo a investigação policial, a morte de Rafael foi organizada pelo adolescente que o ajudou a matar Renan. O menor também teria envolvimento na morte da esposa de Rafael, que foi assassinada três dias após o homicídio do marido, aparentemente, porque ela estava investigando quem havia matado Rafael.

Conforme informado pelo delegado Thiago Cardoso Silva, o adolescente está apreendido desde o mês de outubro. O jovem teria envolvimento com ao menos quatro assassinatos registrados em Rio do Sul.

De acordo com as investigações, Rafael e Renan praticavam rituais juntos e em dado momento, Rafael teria dito que Renan precisava morrer para que ele tivesse prosperidade. Ainda conforme a polícia, Rafael e o adolescente tentaram matar o jovem pelo menos duas vezes antes de concretizar o crime em maio de 2021.

Os indícios apontam que Renan foi morto perto do Rio Itajaí-Açu e que os dois assassinos tentaram desovar o corpo dentro de uma mala.

Em 12 de maio, os primeiros restos mortais de Renan apareceram. Era uma perna e a família reconheceu pela tatuagem. Apesar da situação, o pai, Ronaldo Kalbush, foi para o rio procurar o resto do corpo do filho. Ele encontrou uma mala boiando com o tronco e cabeça do jovem no dia 22 do mesmo mês.

Somente em setembro os familiares encontraram o restante do corpo de Renan. Apesar de o pai ter recolhido os restos mortais do filho, os trâmites legais exigiram um teste de DNA. Para se despedir do rapaz, houve apenas uma pequena cerimônia no Cemitério Municipal de Rio do Sul. Na época, o pai cobrava a punição dos responsáveis.

 

"Eu quero justiça. O que fizeram com o meu filho não tem explicação. Mesmo ele sendo dependente químico, o que fizeram não foi humano, não desejo isso para ninguém", disse.

Jornalismo Clube FM 101,1

Marcelo Lucini

DRT SC 1797

Fonte: OCP News