CyberGAECO e PCSC Desarticulam Três Organizações Criminosas em SC
10 de Julho de 2024


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Na manhã desta quarta-feira (10/07), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), por meio do Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos (CyberGAECO), e a Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e Delegacias de Polícia Civil de Ascurra e Turvo, deflagraram a Operação Mão Fantasma. A ação visa desarticular três organizações criminosas nacionais especializadas em fraudes bancárias.

As investigações apontam que essas organizações são responsáveis por mais de 250 fraudes cibernéticas, movimentando mais de R$ 90 milhões em transações suspeitas. As operações fraudulentas incluem golpes como "mão fantasma/acesso remoto" e "falsa central de atendimento". No total, estão sendo cumpridos 32 mandados de prisão preventiva e 55 mandados de busca e apreensão, expedidos pelas Varas Regionais de Garantias de Rio do Sul e de Blumenau, além de 2 mandados de prisão preventiva e 18 mandados de busca e apreensão pela Vara Única da Comarca de Turvo. As ações ocorrem em Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Bahia, Paraíba e Ceará.

A investigação teve início no final de 2022, conduzida pela Delegacia de Polícia de Ascurra com apoio técnico do CyberGAECO, após diversos boletins de ocorrência relatarem a subtração de valores de contas bancárias por meio de aplicativos de gerenciamento remoto. Os criminosos controlavam os celulares das vítimas, realizando transferências ilícitas de valores. O trabalho investigativo começou com a identificação dos principais números de telefone 0800 utilizados pelos grupos criminosos, que simulavam falsas centrais de atendimento de instituições financeiras. Posteriormente, foram identificados os suspeitos de operar essas falsas centrais, bem como os responsáveis por obter bases de dados de possíveis vítimas, disparar SMS falsos e criar contas correntes em nome de "laranjas" para recepção dos valores ilegalmente obtidos.

Estima-se que os investigados subtraíram mais de R$ 5 milhões de vítimas residentes em Santa Catarina durante o período investigado.

A operação busca não apenas desmantelar as organizações criminosas, mas também reforçar a segurança bancária e prevenir futuras fraudes, trazendo alívio e justiça às vítimas lesadas.

Jornalismo Clube FM 101,1

Marcelo Lucini

DRT SC 1797